A blockchain (também conhecido como “o protocolo da confiança”) é uma tecnologia de registro distribuído que visa a descentralização como medida de segurança. São bases de registros e dados distribuídos e compartilhados que têm a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado.
Veja perguntas e respostas sobre como funciona o ‘livro contábil’ que deu origem às criptomoedas e por que ele já é visto com simpatia por entidades do sistema financeiro.
Fonte: Portal G1
https://g1.globo.com/economia/noticia/entenda-o-que-e-blockchain-a-tecnologia-por-tras-do-bitcoin.ghtml
Se as altas cotações do bitcoin chamaram a atenção de gente sedenta por dinheiro, a tecnologia que sustenta esta e outras criptomoedas atrai o interesse de grandes bancos, empresas e governos.
Enquanto a moeda virtual é apontada por entidades do sistema financeiro como a nova bolha especulativa, a “blockchain” (corrente de blocos, em tradução literal), por outro lado, é vista como a nova queridinha das mesmas empresas que compõem esse setor. Por que isso ocorre?
Nesta quinta-feira (1º), a blockchain dominará as discussões da Campus Party.
Entenda abaixo como a tecnologia por trás das criptomoedas funciona e por que ela já é encarada de forma positiva até pelo Banco Central do Brasil:
É uma espécie de grande “livro contábil” que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores. No caso das moedas criptografadas, como o bitcoin, esse livro registra o envio e recebimento de valores. Para facilitar, pode-se fazer a seguinte analogia: as “páginas” desse “livro contábil” estão armazenadas em várias “bibliotecas” espalhadas pelo mundo; por isso, apagar o conhecimento presente nele é uma árdua tarefa.
Este sistema é formado por uma “cadeia de blocos”. Um conjunto de transações é colocado dentro de cada um desses blocos, que são trancados por uma forte camada de criptografia. Por outro lado, a blockchain é pública, ou seja, qualquer pessoa pode verificar e auditar as movimentações registradas nela.
Todas as transações que acontecem na blockchain são reunidas em blocos. Cada bloco é ligado ao anterior por um elo, um código chamado “hash”. Juntos, eles formam uma “corrente de blocos”, ou “blockchain”. Os responsáveis por montar a “blockchain” são os chamados mineradores.
Eles reúnem as transações que estão sendo incluídas na rede, mas ainda não foram colocadas em um bloco. O trabalho do minerador é, entre outras coisas, calcular o “hash” certo para formar a ligação entre os blocos. Como os cálculos são bastante complexos, há um custo computacional bastante alto.
Qualquer transação feita pela blockchain só pode ser validada quando todo um “bloco” é preenchido com transações. Ou seja, só assim é possível fazer uma moeda digital sair das mãos de uma pessoa e ir para outra. Como esses blocos são selados por códigos criptográficos, é praticamente impossível arrombar o segredo desses recepientes. Isso garante, por exemplo, que:
cada moeda chegue ao destino certo;
uma moeda não seja usada mais de uma vez;
transações anteriores não sejam alteradas sem comprometer toda a cadeia.
A blockchain surgiu em 2008 para permitir que o bitcoin fosse criado (entenda o bitcoin aqui). Segundo o documento que descreve o funcionamento do bitcoin, ela é “uma rede que marca o tempo das transações, colocando-as em uma cadeia contínua no ‘hash’, formando um registro que não pode ser alterado sem refazer todo o trabalho”.
No bitcoin, ela pode ser entendida como o conjunto de regras que fazem a moeda funcionar. É ela que determina, por exemplo, quantas transações são necessárias para encher um bloco.
Não, várias outras moedas digitais surgiram usando a lógica da blockchain.
Não, ela pode ter várias aplicações. Vários segmentos da economia já demonstraram interesse na tecnologia. Por exemplo, uma carga de soja enviada dos Estados Unidos para a China se tornou o primeiro carregamento agrícola que teve todas as suas etapas registradas em blockchain.
Outro exemplo que mistura aplicações e moedas virtuais é ether. Ele é uma moeda criptográfica que alimenta o ethereum, uma blockchain de aplicações conectadas, que são programinhas que rodam enquanto houver quem os abasteça com ether.
Elas tem simpatia pela tecnologia. JPMorgan tem projeto de como implantar uma blockchain para seus processos, assim como varios outros bancos gigantes, como BNP Paribas, HSBC, Santander, Bank of America, ABN Amro, Goldman Sachs, Credit Suisse e Morgan Stanley.
Bancos brasileiros formaram inclusive um grupo para estudar como podem usar blockchain para integrar alguns serviços financeiros.
Até o BC brasileiro acha Blockchain uma boa ideia. Tanto é que publicou no ano passado um estudo que mostra como pode substituir com uma blockchain o sistema de transferências interbancários, caso o Brasil enfrente dificuldades que faça a plataforma corrente entrar colapso.
Fonte: Portal G1
https://g1.globo.com/economia/noticia/entenda-o-que-e-blockchain-a-tecnologia-por-tras-do-bitcoin.ghtml